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Vídeo | O colapso na economia e a reforma da Previdência | Desmistificando argumentos do governo

por Revista Fórum

 

O programa Fórum 21 desta terça-feira (28) contou, além de Gabas, com a participação de Grazielle David, doutoranda em desenvolvimento econômico na Unicamp e assessora da Rede Latinoamericana de Justiça Fiscal.

Durante e entrevista, ambos debateram temas que vão desde a crise econômica, seus impactos no âmbito dos direitos humanos, passando pela reforma da Previdência até a reforma tributária que está sendo discutida no Congresso Nacional.

Confira a íntegra do vídeo aqui:

De acordo com o ex-ministro da Previdência Social, em entrevista, a reforma da Previdência do governo faz parte de um “pacotão” de medidas neoliberais para desmontar o sistema de proteção social brasileiro.

A campanha que o governo vem travando para ganhar apoio junto à sociedade na aprovação da reforma da Previdência é apocalíptica: ou aprova ou o Brasil quebra. Essa tese, no entanto, é refutada pelo ex-ministro da Previdência Social no governo de Dilma Rousseff, Carlos Gabas. Em entrevista ao programa Fórum 21, Gabas afirmou que não há relação entre a derrocada da economia brasileira com a aprovação da matéria pleiteada pelo governo através de seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Ele [Guedes] diz que aprovar a reforma vai mudar o humor do mercado. Que humor é esse? O que o que o mercado tem a ver com a expectativa, ou com o dinheiro na mão das pessoas? O governo precisa fazer a economia girar. Se tiver emprego, renda, salário, as pessoas vão comprar, as pessoas vão ter emprego e recolhimento de contribuições da Previdência. Você melhora a arrecadação, e você volta a um equilíbrio que tínhamos na Previdência até 2015. Tirar dinheiro da sociedade não vai resolver, vai agravar o problema”, disse.

Em sua sanha para aprovar a reforma, o governo Bolsonaro, através do próprio presidente e também de seus ministros, tem apelado para chantagens e ameaças. O capitão da reserva, por exemplo, já afirmou que não haverá 13º no Bolsa Família, uma de suas promessas de campanha, caso a reforma não obtenha êxito no Congresso. Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, condicionou o fim do congelamento dos recursos para universidades federais à aprovação do projeto.

“Isso é um argumento para entregar a Previdência pública para a iniciativa privada. O objetivo central do governo não é equilibrar a Previdência, é entregar para os bancos, para as financeiras, como aconteceu no Chile. Isso vai agravar a pobreza, a desigualdade social e a concentração de renda”, disse.

E prosseguiu.  “Essas ameaças são uma forma do governo de amedrontar a sociedade, em vários segmentos, prefeitos, governadores, estudantes. Hoje nós vimos o ministro da Saúde defender o fim da saúde gratuita. Isso é um pacotão de medidas neoliberais para desmontar o sistema de proteção social brasileiro. Isso é uma pauta burra. Se esses liberais tivessem o mínimo de inteligência, fariam com que a sociedade tivesse alguma garantia de bem-estar social. Todos os países minimamente civilizados trabalham com essa preocupação”, pontuou.

Nota | ‘Ao promover o desmonte da previdência, o governo compromete presente e futuro de gerações de brasileiros’

A crise econômica que se abateu sobre o país e as políticas de ajuste fiscal que vêm sendo implementadas desde 2015 têm imposto inúmeros retrocessos aos brasileiros. Tais ajustes surgem em um contexto de crise internacional do capital, que para se sustentar, em um novo ciclo, opera concentrando renda e riqueza nos países ricos e impondo a austeridade econômica solução possível aos países do chamado Sul Global.

>>> Veja as organizações que integram a Coalizão

A Reforma da Previdência é mais uma etapa deste ajuste e que se insere no pacote das chamadas políticas de austeridade. E, ao contrário do que se dissemina aos quatro cantos do país, essa reforma não prevê mudança para aprimoramento e/ou conservação do sistema previdenciário e, sim, busca desmontá-lo para ser substituído por um novo regime: o de capitalização privada.

Apresentada em fevereiro por Jair Bolsonaro, a atual proposta de reforma da previdência (PEC 6/2019),  que se encontra no Congresso Nacional, altera radicalmente a estrutura da previdência pública criada em 1988. Faz isto ao propor substituir o atual regime de repartição, no qual os trabalhadores ativos (geração atual) pagam os benefícios dos inativos (geração passada já aposentada) e, assim, sucessivamente, por um regime de capitalização privada gerido por bancos – a ser detalhado por lei complementar conforme o artigo 201 da PEC.

No atual regime, Estado, trabalhadores e empregadores são corresponsáveis pelo recolhimento das contribuições. Na nova proposta, o trabalhador é individualmente responsável pelas contribuições que serão administradas pelos bancos, a partir de contratos que estão sujeitos a taxas de carregamento e de administração de qualquer outro tipo de investimento privado. O único beneficiário desta reforma da previdência será o setor bancário, que realizará o antigo sonho de abocanhar o lucrativo filão das aposentadorias e pensões de milhões de brasileiros.

>>> Baixe a nota na íntegra

Os defensores da atual proposta dizem que o Brasil não possui mais capacidade para manter o regime de repartição porque as mudanças no índice de natalidade e longevidade dos brasileiros alteraram profundamente a pirâmide demográfica. Em outras palavras, o Brasil tem mais idosos aposentados do que jovens em idade ativa ingressando no mercado de trabalho para sustentar a previdência das gerações futuras.

Eles esquecem, no entanto, de dizer que o Brasil possui, atualmente, cerca de 13 milhões de pessoas desempregadas – é a maior taxa de desemprego em 7 anos em 13 capitais do país, de acordo com o IBGE. E que recuperar a economia, retomando o investimento do Estado em bens e serviços públicos, e aumentando o índice de empregos formais seria, portanto, uma estratégia eficaz, embora não seja definitiva, para manter o regime de previdência pública do país.

O governo federal vem optando pelo caminho inverso, ao dar continuidade à cartilha do arrocho sobre os mais vulneráveis. Uma pessoa pobre que entra e sai da informalidade e do desemprego dificilmente vai cumprir o tempo mínimo de contribuição exigido pela reforma, que passa a ser de 20 anos e não mais de 15.

Hoje, o tempo médio de contribuição é próximo de 15 anos para quem se aposenta com o 5º ano incompleto e, em torno de, 29 anos para os que se aposentam com superior completo. Isso significa dizer que caso aprovada, a nova regra vai restringir o direito de acesso à aposentadoria das parcelas mais pobres da população. E essas pessoas devem adotar de forma compulsória pelo regime de capitalização privada.

O mesmo deve acontecer com as pessoas que possuem renda média e alta. Com a reforma elas precisarão cumprir 20 anos de contribuição e ter no mínimo 62 e 65 anos de idade (mulheres e homens respectivamente) para se aposentarem com apenas 60% da renda média ou cumprir 40 anos de contribuição para se aposentarem com 100% da renda média. O rigor das novas regras deve levar ao abandono gradual do regime público de repartição.  Dessa forma, assim como o sucateamento de um serviço público fortalece o apoio popular por sua privatização, essa reforma dará suporte social ao regime de capitalização como alternativa.

Além disso tudo, esta proposta de reforma da previdência é particularmente impactante sobre as mulheres, que passam a ter que contribuir também com 20 anos. A proposta não leva em consideração as duplas jornadas de trabalho vividas pelas mulheres trabalhadoras e também não considera que as responsabilidades reprodutivas recaem quase que exclusivamente sobre as mulheres, o que gera dificuldades de se manterem ativas e formalizadas no mercado de trabalho. Para se ter uma ideia, 39% das mulheres no meio urbano não se aposentariam tendo que ter 20 anos de contribuição, mesmo aos 62 anos. E 18% dos homens não conseguiriam se aposentar por conta do aumento de 15 para 20 anos mínimos de contribuição.

Como a reforma trabalhista, aprovada em 2016, institui a informalidade como regra, dificultando que trabalhadores seguissem contribuindo com o sistema previdenciário, e  Bolsonaro ainda cogita a criação da carteira de trabalho verde-amarela, que isenta empregadores de cumprirem compromissos trabalhistas, é possível dizer que reforma da previdência faz parte de um projeto de total desmonte, que tem como estratégia central o desfinanciamento do sistema previdenciário público brasileiro.

Para os povos do campo, a Previdência Social Rural, por meio da efetivação de direitos, se coloca como uma política pública estratégica que possibilita que os trabalhadores e trabalhadoras rurais permaneçam no campo produzindo alimentos saudáveis de baixo custo. Dessa forma, podem seguir contribuindo com a segurança alimentar da população brasileira.

Na área rural, a jornada de trabalho é extensa e, consequentemente, o trabalho penoso e degradante faz com que trabalhadoras e trabalhadores envelheçam precocemente. Com as novas regras impostas pela Reforma da Previdência, o trabalhador/a rural quando idoso/a, além da dificuldade em acessar a previdência social, também enfrentará enorme problema em receber o direito ao benefício assistencial, ou seja, ficará sem qualquer tipo de proteção social.

No que diz respeito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), a atual proposta de reforma da previdência é demasiadamente implacável. Criado pela Constituição de 1988, o BPC é um benefício assistencial que garante um pagamento mensal de um salário mínimo à pessoa com deficiência e ao idoso cuja renda mensal familiar per capita é de ¼ do salário mínimo.  Em relação aos idosos, a idade mínima exigida é de 65 anos, mas a proposta de reforma da previdência atual condiciona o recebimento de um salário mínimo à idade de 70 anos e estabelece um benefício de R$ 400,00 para os idosos que atendam aos critérios de elegibilidade e que tenham entre 60 e 69 anos, dificultando, portanto, o acesso ao benefício e relegando o contingente populacional que não conseguir contribuir por 20 anos e que não atenda aos requisitos do BPC, tornando evidente a predominância de medidas fiscalistas exacerbadas em detrimento de políticas que garantem condições de vida digna às pessoas submetidas ao flagelo da pobreza.

O desmonte da previdência proposto pelo governo de Jair Bolsonaro pode ir mais longe. A reforma da previdência cria um novo mecanismo que autoriza os futuros governos a alterarem o sistema de previdência sem precisarem alterar a Constituição federal. Hoje, para alterar a Carta Magna é preciso quórum de três quintos e votação em dois turnos nas duas casas legislativas, sendo 308 votos na Câmara e 49 no Senado. Se aprovada a PEC 6/2019, uma lei complementar, que requer aprovação de apenas 257 deputados e 41 senadores em votação em turno único, será suficiente para fazer novas alterações na previdência. O conceito seguridade social, previsto no Art. 194 da Constituição federal, também será extinto da Constituição pela nova proposta.

Ao promover o desmonte da previdência e acabar com o conceito de seguridade social previstos na Constituição federal de 1988, o governo compromete significativamente presente e futuro de gerações e gerações de brasileiros e se alinha a outras medidas de retrocesso anteriormente adotadas como a Emenda Constitucional 95, que congela em 20 anos o investimento do Estado em bens e serviços públicos. Além disso, a retirada de regras da Constituição é uma sinalização evidente de que se pretende, no futuro próximo, fazer alterações ainda mais drásticas Previdência Social, retirando completamente dela as responsabilidades de Estado e empregadores.

A Constituição Federal foi construída por meio de muita luta. Os direitos garantidos pela carta magna não podem ser destruídos! No próximo dia 22 de março de 2019, acontecerá a grande mobilização contra a Reforma da Previdência. É preciso estar juntas e juntos, atentos, firmes e fortes, contra essa medida arbitrária que não considera a realidade do país e, consequentemente, trará dor, pobreza, sofrimento e morte.

Vamos às ruas!

Nota | Reforma da Previdência acaba com o futuro de quem trabalha, de quem se aposentou e de quem ainda nem nasceu

PEC 06/2019 é o fim da Previdência e da Seguridade Social

por Rede Jubileu Sul

 

A chamada dessa matéria parece alarmista, mas não é. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 06/2019, apresentada em 20 de fevereiro deste ano por Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional, visa a desmontar alguns dos direitos básicos dos cidadãos – garantidos pela Constituição Federal de 1988 – e repassar o suado dinheiro do trabalhador aos bancos.

Trata-se do desmonte da Previdência Social, porque a PEC de Bolsonaro e seu ministro da Economia Paulo Guedes prevê a desconstitucionalização do direito à aposentadoria e a substituição do atual modelo, baseado nos princípios contributivo e da solidariedade, por outro totalmente distinto: o da capitalização da Previdência.

Hoje, vigora no Brasil o sistema de repartição. Nele, os benefícios dos que já estão aposentados, ou recebendo pensões, são pagos pelas contribuições previdenciárias recolhidas dos trabalhadores que estão na ativa. Ou seja, você contribui hoje para pagar a aposentadoria da sua mãe, do seu avô, ou seja, quem trabalha ajuda a pagar a aposentadoria dos que já estão aposentados. É o princípio da solidariedade.

Neste sistema, os patrões e o governo também contribuem para que as aposentadorias sejam pagas, e os benefícios são calculados pela média dos salários de contribuição.

Com a capitalização proposta por Bolsonaro, a contribuição previdenciária que é descontada do salário bruto vai para uma conta individual do trabalhador e é essa poupança que será usada para bancar a aposentadoria no futuro. Ou seja, terá aposentadoria quem conseguir poupar, e o valor do benefício dependerá de quanto o trabalhador ou a trabalhadora poupou e da rentabilidade de sua conta individual, que vem da aplicação dos recursos no mercado financeiro.

“Não é reforma da Previdência, é o fim da Previdência e da Seguridade Social. Está em jogo o futuro de quem está no mercado de trabalho, de quem já se aposentou e de quem ainda nem nasceu. É o fim do dinheiro que os patrões, os empregadores e Estado dão como contribuição”, denuncia a economista Sandra Quintela, articuladora nacional da Rede Jubileu Sul Brasil.

Para Sandra, se aprovado o sistema de capitalização, só o trabalhador vai pagar. “E como ganha pouco, o fundo atual vai diminuindo, e no futuro quem já pagou vai ver seu dinheiro e seus direitos sumirem. Porque quem entrar no sistema [que será obrigatório]  vai estar exposto à especulação do mercado”.

Para a deputada Talíria Petrone, membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a reforma acabar com a lógica solidária e compartilhada da Previdência hoje. “Ao invés de políticas pra enfrentar desemprego, fomentar renda, de taxar os bancos e grandes empresas, a escolha desse governo mentiroso é esculachar o povo”, escreveu a deputada em uma de suas redes sociais.

Sandra e Talíria estarão no dia 27 de maio, às 14h, no Centro Cultural Missionário, em Brasília (DF), para o Seminário Desmonte da Previdência Social no Brasil: a quem interessa?, atividade promovida pela Rede Jubileu Sul Brasil ao lado de diversas entidades que questionam a PEC 06/2019.

O povo vai continuar pagando a conta da crise? Para um candidato à Presidência, sim.

Saiba o que Fernando Haddad e Jair Bolsonaro pretendem fazer em relação à economia do país e quais os impactos destas propostas na vida das pessoas

As eleições presidenciais chegaram ao segundo turno e compreender o que os candidatos propõem para tirar o país da crise é primordial na hora da escolha. Muita coisa está em jogo e a prioridade deve ser tirar a população da miséria e desemprego que se instalou com a adoção das medidas de austeridade, como a Emenda Constitucional 95, do governo Michel Temer, que congelou os investimentos públicos por 20 anos.

Políticas de austeridade se baseiam na ideia de cortar gastos e realizar privatizações de bens públicos como único caminho para sair de uma crise econômica. Porém, o resultado foi exatamente o contrário e o Brasil afundou ainda mais na crise.

A mortalidade infantil voltou a crescer depois de 26 anos. O desemprego chegou a mais de 13 milhões de pessoas. Quase 3 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola. O país pode voltar ao mapa da fome. Mais de um milhão de pessoas passaram a viver em situação de extrema pobreza, totalizando quase 15 milhões de brasileiros sobrevivendo com apenas R$ 136 por mês.

O Brasil está à beira de um colapso e medidas urgentes precisam ser tomadas. O próximo presidente terá um grande desafio. Entenda as principais propostas dos candidatos para a economia do país e para a vida das pessoas.

Você pode também consultar os planos de governo dos candidatos no site oficial do Tribunal Superior Eleitoral.

 

Um Apelo Público pela Democracia a FHC, Ciros Gomes, Marina Silva e Joaquim Barbosa

Margarida Genevois, Djamila Ribeiro, Ivo Herzog, Denise Carreira, Eloisa
Machado, Maria Victória Benevides, Silvia Pimentel, Flávia Schilling, Marcos Sorrentino e Nilo d´Ávila

Estamos aqui para apelar a vocês pelo futuro do nosso país, pelo nosso
povo, pelas nossas crianças, adolescentes e jovens. Como ativistas de direitos
humanos e ambientalistas reconhecidos no Brasil e internacionalmente, que
contribuíram para o fortalecimento da sociedade civil nas últimas décadas e
que votaram no primeiro turno em diferentes partidos, estamos aqui para pedir
que, neste momento extremamente dramático da democracia brasileira, vocês
coloquem as diferenças partidárias de lado. Pedimos que somem forças, de
forma engajada, em prol da candidatura de Fernando Haddad. Temos pouco
tempo!

Vocês são grandes lideranças do nosso povo, com trajetórias
comprometidas com a construção democrática de nosso país. Este é o
momento de se posicionar mais explicitamente e agir.  O engajamento de
vocês pode mudar o rumo deste momento histórico.
Vocês sabem: a vitória de Jair Bolsonaro levará o país a um gigantesco
retrocesso e quem mais sofrerá será a população mais pobre, negra, do campo
e das periferias, as pessoas LGBT, as mulheres – em especial, as mulheres
negras e indígenas – e o meio ambiente.

A vitória do candidato do PSL aprofundará ainda mais a destruição
ambiental, o desmatamento de nossas florestas, a destruição dos
ecossistemas e dos bens comuns. A vitória de Bolsonaro estimulará ainda mais
o ódio, o racismo, o preconceito, as perseguições, a violência: do cotidiano às
instituições públicas. Neste exato momento, os ataques contra pessoas que
discordam do candidato se multiplicam em vários lugares do país.
Sabemos que o que está em jogo não é a disputa entre dois candidatos
comprometidos com a ordem democrática e com a Constituição Federal de
1988. Por isso, precisamos ativamente do poder de convocatória de vocês para
barrar essa ameaça, para alertar o nosso povo – mulheres e homens – das
manipulações que estão sendo promovidas por meio das chamadas fake news
(para as quais, nossa democracia tem se mostrado tão despreparada) e  selar
um voto de confiança em Fernando Haddad.

Ao mesmo tempo estaremos juntos exigindo de Haddad e do Partido dos
Trabalhadores o compromisso público de promover ativamente essa aliança
política do campo democrático e de priorizar em sua agenda de governo uma
profunda reforma política, considerando propostas já amplamente discutidas na
sociedade brasileira, como a da Plataforma pela Reforma do Sistema Político.

Precisamos de vocês juntos neste momento político! Precisamos de
gestos grandiosos e ousados, em prol de algo muito maior e que vai fazer toda
a diferença na vida de milhões e milhões de crianças, adolescentes, jovens a
adultos e no futuro do país. É isso o que importa!
Margarida Genevois, integrante histórica da Comissão de Justiça e Paz de São
Paulo;
Djamila Ribeiro, filósofa, feminista negra e acadêmica brasileira. É pesquisadora e
mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo.
Ivo Herzog, presidente do Conselho do Instituto Wladimir Herzog;
Denise Carreira, feminista, integrante da coordenação da Ação Educativa e da
Plataforma DHESCA e defensora do direito à educação de meninas e mulheres da
Rede Internacional Gulmakai a convite da Prêmio Nobel Malala Yousafzai;
Eloisa Machado, professora, advogada do Coletivo de Advogados em Direitos
Humanos (CADHU), ganhadora do Prêmio Outstanding International Woman Lawyer
2018, da International Bar Association IBA;
Maria Victória Benevides, professora da Faculdade de Educação da USP e diretora
da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Direitos Humanos;
Silvia Pimentel, advogada, professora da Pontifícia Universidade Católica (SP),
cofundadora do Comitê Latino-americano e do Caribe em Defesa dos Direitos da
Mulher e ex-presidente do Comitê da ONU sobre a Eliminação da Discriminação
contra as Mulheres (CEDAW);
Flávia Schilling, escritora, socióloga e professora livre-docente da Universidade de
São Paulo. Foi integrante do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos e da
Cátedra Unesco de Educação para a Paz, Democracia, Direitos Humanos e
Tolerância;
Marcos Sorrentino, ambientalista, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz da USP, fundador da Rede Brasileira e da Rede Lusófona de Educação
Ambiental.
Nilo d’Avila, ambientalista, engenheiro florestal. Foi integrante do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA) e do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais.

Folder | Folder Campanha Direitos Valem Mais, Não Aos Cortes Sociais

Por uma economia a favor da vida e contra todas as desigualdades!

Milhões e milhões de pessoas estão sendo afetadas pela maior crise econômica que o Brasil já enfrentou em toda a sua história. Desemprego, fome e os cortes nas políticas públicas estão levando o país a um retrocesso, fazendo com que setores importantes da população voltem à miséria. Muitas famílias não estão conseguindo manter o mínimo para
sobreviver.
Para conter os conflitos, os governos aumentaram a repressão a movimentos sociais e o encarceramento em massa, sobretudo de jovens negros, e deram início a intervenções militares, como a no Rio de Janeiro. Violência, discriminação
e intolerância crescem em todo o país.
Medidas foram aprovadas no Congresso Nacional, como a emenda constitucional 95 que diminuiu o dinheiro para a saúde e educação pública e de outras políticas sociais por 20 anos, tornando inviável a garantia de vários direitos, penalizando ainda mais crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos.

Clique aqui e baixe o folder da Campanha Direitos Valem Mais, Não Aos Cortes Sociais!

 

 

Direitos Valem Mais lança folder e flyer #EleNão com pauta econômica

A Campanha Direitos Valem Mais soma o movimento de mulheres que dizem #EleNão

A Campanha Direitos Valem Mais se soma às mulheres nos atos de rua do dia 29: o Brasil vai parar pelo #EleNão! Para isso disponibilizamos o folder #EleNãoVaiTirarOBrasilDaCrise com dados sobre o programa de governo do candidato do PSL e os motivos pelos quais ele não é a solução para o Brasil. Para baixar o folder, acesse: http://bit.ly/EleNao2Turno 

Disponibilizamos, ainda, uma versão preto e branca do folder. Clique aqui para baixar!

A Campanha elaborou também um flyer com um breve histórico dos feitos do candidato em sua carreira pública como deputado ao longo de mais de 25 anos: clique aqui e baixe!

SEGUIMOS JUNTAS E JUNTOS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E POR UMA ECONOMIA A FAVOR DA VIDA!

Folder e Flyer | Direitos Valem Mais lança folder e flyer #EleNão com pauta econômica

A Campanha Direitos Valem Mais soma o movimento de mulheres que dizem #EleNão

A Campanha Direitos Valem Mais se soma às mulheres nos atos de rua do dia 29: o Brasil vai parar pelo #EleNão! Para isso disponibilizamos o folder #EleNãoVaiTirarOBrasilDaCrise com dados sobre o programa de governo do candidato do PSL e os motivos pelos quais ele não é a solução para o Brasil. Para baixar o folder, acesse: http://bit.ly/EleNao2Turno

Disponibilizamos, ainda, uma versão preto e branca do folder. Clique aqui para baixar!

A Campanha elaborou também um flyer com um breve histórico dos feitos do candidato em sua carreira pública como deputado ao longo de mais de 25 anos: clique aqui e baixe!

SEGUIMOS JUNTAS E JUNTOS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E POR UMA ECONOMIA A FAVOR DA VIDA!

Lista de entidades

( Em consolidação. Caso sinta falta da sua ou de alguma entidade, ou queira fazer parte da coalizão, mande um e-mail para comunicacao@plataformadh.org.br )

    • AMSK – AMNB – Articulação Nacional de Mulheres Negras – AMNB
    • AMSK – Associação Internacional Maylê Sara Kalí/Brasil
    • Anced – Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – Seção DCI Brasil
    • ANDI – Comunicação e Direitos
    • ANPEd – Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação
    • Articulação para o Monitoramento dos DH no Brasil
    • Artigo 19
    • Assinep – Associação dos Servidores do Inep
    • Associação Brasileira de Economistas pela Democracia – ABED
    • Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos – ABGLT
    • Associação Brasileira de Neurodiversidade
    • Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais – ABRATO
    • Associação Casa Fluminense
    • Associação Cultural Esportiva ACESA
    • Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente – AMENCAR
    • Associação De Terapia Ocupacional Do Estado De São Paulo
    • Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB
    • Associação Inclui Mais
    • Associação Morada de Belo Horizonte Minas Gerais
    • Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas-ANASO
    • Beabah! Bibliotecas Comunitárias do Rio Grande do Sul
    • Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições
    • Campanha TTF Brasil
    • CAPINA
    • Casa 8 de Março – ENCAMTO
    • Cátedra de Direitos Humanos Dom Helder Câmara
    • Cdhep – Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo
    • Cecon/Institutode Economia/Unicamp
    • CEDAC – Centro de Ação Comunitária
    • CEDECA Casa Renascer – RN
    • CEDECA Erminia Circosta
    • CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
    • Center for Economic and Social Rights
    • Central de Cooperativas Unisol Brasil
    • Central de Movimentos Populares
    • Centro Brasil de Saúde Global
    • Centro Das Mulheres Do Cabo
    • Centro de Ação Cultural – Centrac
    • Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia – CAPA
    • Centro de Cultura Luiz Freire
    • Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo-CPCDDHPJ
    • Centro de Revitalização e Valorização da Vida
    • Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social – Cendhec
    • Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
    • Centro Nordestino de Medicina Popular – CNMP
    • CEPIA – Cidadania Estudo Pesquisa Informação e Ação
    • Cineclube Sócio ambiental em Prol da Vida
    • Coalizão Negra por Direitos
    • COFFITO – Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
    • Coletivo a Cidade Que Queremos – CCQQ Porto Alegre
    • Coletivo Climax Brasil
    • Coletivo De Mulheres Defensoras Dos Direitos Humanos
    • Coletivo de Segurança Alimentar e Nutricional do RJ (ColetivoSAN-RJ)
    • Coletivo Mangueiras
    • Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos – CNASP
    • Coletivo Paulo Freire
    • Comissão Regional de Justiça e Paz – CRJPMS
    • Conectas Direitos Humanos
    • Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG)
    • Confederação Nacional dos Trabalhadores Municipais – CONFETAM/ CUT
    • Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN
    • Conselho Estadual de Assistência Social do Espírito Santo
    • Conselho Nacional de Direitos Humanos
    • Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
    • Conselho Nacional do Laicato do Brasil
    • Conselho Regional de Psicologia da 4ª Região – Minas Gerais
    • Conselho Regional de Serviço Social – Goiás
    • COREN-GO -Conselho Regional de Enfermagem /Goiás
    • CUT – Central Única dos Trabalhadores
    • Datapedia
    • Departamento de Saúde Coletiva – UEL
    • Engajamundo
    • EQUIP – Escola de Formação Quilombo dos Palmares
    • Fabrica de Teatro do Oprimido de Londrina – FTO
    • Faculdade de Educação da USP
    • FEBAB – Federação Brasileira de Associações de
    • Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul – FETEMS
    • Federação Nacional dos Assistentes Sociais
    • Federação Nacional dos Farmacêuticos
    • Federação Nacional dos Psicólogos – ENAPSI
    • FES – Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil
    • FNPETI – Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
    • FOHPS – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Fundo Público, Orçamento , Hegemonia e Política Social
    • FOPIR – Fórum Permanente de Promoção de Igualdade Racial
    • Fórum Brasileiro de Economia Solidária – FBES
    • Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
    • Fórum de Mulheres de Imperatriz – FMI
    • Fórum de ONG/Aids SP
    • Fórum de Trabalhadores do SUAS – Londrina
    • Fórum Maranhense Das Respostas Comunitárias De Luta Contra as Ist e Aids e Hepatites Virais
    • Fórum Municipal de Educação de São Bernardo do Campo – SP
    • Fórum Nacional Das Trabalhadoras e Trabalhadores Do Suas- FNTSUAS
    • Fórum Nacional de Reforma Urbana – FNRU
    • Fórum Nacional dos Usuários do SUAS-FNUSUAS
    • Fórum Paraibano de Luta da Pessoa com Deficiências “Inclusão e Cidadania”
    • Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno – FMNDFE
    • Frente Estadual da Luta Antimanicomial de São Paulo
    • Frente Pela Democracia e Soberania Nacional de Assis – SP FDSN
    • Frente Sul-mato-grossense em Defesa do SUAS, da Seguridade Social e Direitos Humanos
    • Fundação ESQUEL Brasil
    • Fundação Luterana de Diaconia – FLD
    • Fundação Margarida Maria Alves
    • Grupo de Estudos e Pesquisas do Orçamento Público e da Seguridade Social
    • Grupo Dignidade
    • Grupo FelizCidade
    • Grupo These – Grupo de Projetos Integrados em Trabalho, História, Educação e Saúde UFf/UER/Epsjv-Fiocruz
    • IABS – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade
    • IAS – Instituto Água e Saneamento
    • IBP – International Budget Partnership – IBP
    • IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
    • IDS – Instituto, Democracia e Sustentabilidade
    • IEI Brasil – International Energy Iniciative
    • IIEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil
    • Impact Hub
    • Instituto 5 Elementos
    • Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec
    • Instituto de Desenvolvimento Comunitário e Participação
    • Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos – IDDH
    • Instituto de Desenvolvimento Social e Cultural
    • Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano
    • Instituto de Direito Sanitário Aplicado – IDISA
    • Instituto de Mulheres Negras – IMUNE
    • Instituto EcoVida
    • Instituto IDhES
    • Instituto Igarapé
    • Instituto José Ricardo pelo bem da Diversidade
    • Instituto Nossa Ilhéus INI
    • Instituto Palmares de Promoção da Igualdade
    • Instituto Patrícia Galvão
    • Instituto Physis – Cultura & Ambiente
    • Instituto por Direitos e Igualdade – IDI
    • Instituto Sergio Miranda
    • Instituto Soma Brasil
    • Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
    • IROHIN Centro de Documentação e Memória Afro Brasileira
    • Iser Assessoria
    • Laboratório de Políticas Públicas e Sociais (LAPPUS)
    • Marcha das Mulheres Negras de SP – MMNSP
    • Mirim Brasil
    • MNCP – Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas
    • MNLM – Movimento Nacional de Luta pela Moradia
    • Movimento Nacional de Direitos Humanos MNDH Brasil
    • Movimento Negro Unificado RJ
    • Movimento pela Proteção Integral de Crianças e Adolescentes
    • Nepac – Núcleo de Pesquisa em Participação, Movimentos Sociais e Ação Coletiva, Unicamp
    • Núcleo de Direitos Humanos da PUC PR
    • Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação – NUPPEGE
    • Núcleo De Estudos Sociopolíticos da Puc Minas
    • Núcleo de Sem Casa Santíssima Trindade
    • Núcleo Participação e Democracia (NUPAD-UFES)
    • NZINGA – Coletivo de Mulheres Negras de MG
    • Observatório da Questão Agrária no Paraná
    • Observatório das Metrópoles
    • Observatório Dos Saberes Populares
    • ODARA – Instituto da Mulher Negra
    • ONG Sã Consciência
    • Parceria Brasileira Contra a Tuberculose
    • Partido Socialista Brasileiro – Capim Branco
    • Plan International Brasil
    • Plataforma de Movimentos Sociais pela Reforma Política
    • Plataforma Mercosul Social e Solidário – PMSS Mesa Brasil
    • Pólis – Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais
    • Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana – UERJ
    • REBRAPD
    • Red de Justicia Fiscal de America Latina y Caribe
    • Red Estrado – Rede Latino-Americana de Estudos sobre Trabalho Docente
    • Rede Afro LGBT
    • REDE AUTISMO NORTE
    • Rede Brasileira de Conselhos –RBdC
    • Rede de Economia Solidária e Alternativa do ABC/SP
    • Rede de Mães e Familiares da Baixada Vítimas de Violência do Estado
    • Rede de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de MG
    • Rede de Mulheres Negras de MG
    • Rede De Mulheres Negras De Pernambuco
    • Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos/RFS
    • Rede Mães de Luta MG
    • Rede Nacional da Promoção e Controle Da Saúde das LBTS Negras- REDE SAPATÀ
    • Rede Nacional Primeira Infância
    • Rede Nossa São Paulo
    • Rede Rio Criança RRC
    • RNP+Brasil – Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids
    • Secretaria de Direitos Humanos PT Santo André
    • Serviço de Paz – SERPAZ
    • Setorial de Saúde do Partido dos Trabalhadores em Campo Grande – MS
    • Sindicato de Assistentes Sociais do Estado Do Amazonas – SASEAM
    • Sindicato de Enfermeiros de Goiás – SIEG
    • Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Rio de Janeiro – SASERJ
    • Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Tocantins – SASETO
    • Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
    • Sindicato dos Psicólogos De Santa Catarina – SINPSI – SC
    • Sindicato dos Psicólogos de São Paulo – SINPSI – SP
    • Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil
    • Sindicato Nacional Trabalhadores e Trabalhadoras da Fundação Oswaldo Cruz
    • Social – Instituto COEP
    • Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SDDH
    • SOS CORPO – Instituto Feminista para Democracia
    • União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo
    • Universidade Nacional de Brasília (UNB)
    • Visão Mundial

Campanha Direitos Valem Mais convoca população e candidatos às eleições para a revogação da Emenda do “Teto dos Gastos”

Documento lançado em Brasília também defende o retorno do investimento público em políticas sociais e a valorização do salário mínimo.

*por Helisa Ignácio e Lizely Borges

A Coalização Anti-austeridade e pela Revogação da Emenda Constitucional 95, articulação composta por mais de 80 organizações, somada a mais redes e instituições de defesa dos direitos humanos, lançou em Brasília (DF), na tarde do último dia 05 de setembro um documento político e carta compromisso dos candidatos às eleições ao Legislativo e Executivo pela revogação da Emenda Constitucional 95/2016. Com mais de um ano de implementação, a medida que estabelece fortes restrições para o orçamento público nas políticas públicas como saúde e educação é responsável pela intensificação da desigualdade social no país.

O lançamento marca o início de nova fase da Campanha Direitos Valem Mais, de continuidade de diálogo com a população sobre a relação entre economia e direitos humanos e traz as eleições como ponto focal. Assim como na primeira etapa, segue a realização de rodas de conversa pelo país para debate com a população sobre política econômica.

A atividade em Brasília envolveu um ato-cortejo fúnebre, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), de denúncia do aumento da mortalidade infantil após 25 anos de queda nas taxas oficias, reunião com a procuradora dos Direitos do Cidadão da Procuradoria-Geral da República, Deborah Duprat, e visita aos gabinetes dos ministros do STF para protocolar o documento.

“Fizemos um lançamento simbólico em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) denunciando que neste momento, em se mantendo as medidas de austeridade, vamos ter 20 mil crianças de zero a cinco anos que vão morrer até 2030 e isso é gravíssimo. Tivemos em 2017, um 1,5 milhão de pessoas que foram empurradas na extrema pobreza. Vamos entregar cópia do documento no gabinete da ministra Rosa Weber, relatora das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adis) que já foram apresentadas ao STF, obviamente estas medidas são inconstitucionais”, aponta o coordenador da Terra de Direitos, integrante da coordenação da Plataforma de Direitos Humanos e vice-presidente do Conselho Nacional de Direitos (CNDH), Darci Frigo.

Documento político e Carta compromisso

Os materiais disponíveis no site da Campanha assinalam o compromisso de candidatas e candidatos para a adoção de políticas econômicas  comprometidas com o desenvolvimento e combates às desigualdades sociais. Em um trecho a Carta Compromisso determina que as/os candidatas/os  devem “atuar pela mudança da política econômica, que tantos retrocessos têm gerado na garantia dos direitos humanos no país, comprometendo as condições de vida da maior parte do povo brasileiro”.  Acesse aqui a carta e convoque sua candidata/seu candidato a assinar: https://bit.ly/2NnrwrW 

O documento político discute a escolha do governo brasileiro pela adoção de uma política econômica austera, lista impactos da implementação da Emenda Constitucional 95 e sinaliza alternativas à economia, em atendimento dos direitos humanos. Como material formativo, o Documento também serve para provocar os debates e atividades em torno da Revogação da Emenda. Acesse em https://bit.ly/2MVvI2Z

“A Coalização Antiausteridade e Pela Revogação da Emenda Constitucional 95 e todas as medidas do golpe está lançando um documento político que será entregue a todos os candidatos, não só para a Presidência da República. Estamos encaminhando para os estados quer as organizações e movimentos estabeleçam um diálogo e cobrança dos candidatos para revogação da Emenda, da reforma trabalhista, terceirização e todas as medidas de forte impacto nos direitos humanos”, aponta Frigo.

‘Direitos Valem Mais’ pauta candidatas e candidatos

Encerrado o ato-cortejo, os representantes da Campanha Direitos Valem Mais partiram para uma reunião com Débora Duprat, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC).


Foto: Marília Mundim – MPF

Na ocasião, foram apresentados os novos materiais da Campanha, o documento político com adesão de mais de 80 entidades e a nova animação, bem como um panorama do cenário das eleições e a importância da mobilização da Direitos Valem Mais a esse respeito. Para Débora Duprat, a Campanha é bastante exitosa pois obrigou os candidatos a falarem sobre a Emenda Constitucional 95. Além disso, apresentou ações que tem articulado no Ministério Público Federal para discutir e pensar em estratégias de atuação com incidência regional, como grupos de trabalho e núcleos para abordar sobre a crise da democracia e os direitos humanos.

Saiba mais sobre a Campanha Direitos Valem Mais que propõe a revogação da Emenda 95. http://direitosvalemmais.org.br/